ArtePraia 2014

Durante dois finais de semana do mês de junho (dias 13, 14, 15, 20, 21 e 22), os moradores e visitantes da cidade de Natal/RN, puderam curtir e conhecer o que rola atualmente no universo da arte contemporânea brasileira, com a realização do ArtePraia terceira edição, projeto idealizado pela Casa da Ribeira, com realização do Ministério da Cultura e Governo Federal, patrocínio do Banco Itaú e apoio cultural do Itaú Cultural.

Através de um edital público lançado em abril pela Casa da Ribeira, esta edição do projeto recebeu 197 propostas de todo o país - o dobro de inscritos com relação à edição anterior.

 
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Artistas e obras selecionados

Coletivo Indigestão (MG)
Obra: "Caldo de Carne"

Com uma proposta antropofágica, o coletivo realizou um happening na praia do Meio. Banhistas e curiosos foram convidados a se refrescar em uma piscina gigante de plástico, que se transformou num grande ensopado de gente quando o coletivo começou a adicionar ingredientes, temperos e condimentos nesse caldeirão, com direito a música para embalar essa cozinha à beira-mar.

Coletivo Praias do Capibaribe (PE)
Obra: "Rizoma"

O coletivo realizou uma vivência lúdica sob as águas do Rio Potengi, com uma bolha inflável de plástico, aonde as pessoas puderam adentrar e experimentar a paisagem do rio por um novo ponto de vista. 

Glayson Arcanjo (GO)
Obra: "ParAmar"

O projeto ParAmar utilizou a superfície da praia como um grande caderno a céu aberto. Como nas brincadeiras infantis com baldes de areia o artista disponibilizou para o público preencher com areia quatro jogos de fôrmas de alfabetos com tamanhos diferentes, possibilitando a criação de frases/poesias na orla da praia, letras sobre e para o mar.

Guga Ferraz (RJ)
Obra: "Volta para o mar Oferenda"

O artista construiu um tobogã com sacos de areia e uma grande lona na beira da praia de Ponta Negra. O público pode experimentar um deslizar na paisagem e a cada escorregada mantiveram um contato corpo-a-corpo com a obra, incitando reflexões acerca do objeto como obra de arte, e criou relações afetivas com a praia, fugindo da objetividade do dia-a-dia. O desafio era controlar a excitação das crianças com o novo brinquedo em seu quintal.

Igor Vidor (RJ)
Obra: "dois por dois"

O artista criou pares de objetos (2x2) em baixo e alto relevo com a areia da praia.  As de baixo relevo formaram piscinas que preenchidas com água do mar foram possívels de utilizar para o banho. As de alto relevo foram construídas com a areia retirada das de baixo relevo e dispostas exatamente ao lado uma da outra, causando alteração na paisagem, estranhamento ocasionado pelas formas tão exatas da obra. Os resquícios da obras foram utilizados das mais diversas formas pelos ambulantes e comerciantes da praia.

Joelson Bugila (SC)
Obra: "Plantação da Forma do Vento"

Uma plantação de 1350 “macarrões” de espumas/bóias coloridas foram "plantados" na areia da praia do Forte, e como num canavial de formas, cores e movimento, o público apreciador teve a liberdade de transitar pelos corredores formados propositalmente entre a obra e interagir com os objetos. O desdobramento da obra resultou no encontro de Bugila com Milttão, professor de educação física que ministra aulas de hidroginástica na praia. O artista presenteou o projeto do professor doando os macarrões da obra para realização das aulas.